“NÃO TENHAS MEDO; APENAS TENHA FÉ.” Mc.5. Senti o chamado de Deus à vida missionária, num encontro para juventude em ocasião de missão na comunidade. Alegria – RS. O padre deixou claro que a Igreja precisava de missionárias/os para evangelizar o povo carente nos interiores da Amazônia, Mato Grosso, África, etc. Que as famílias eram analfabetas, sem catequese e sem Batismo. E apontando para nós jovens, disse: E aqui entre vocês têm muitos que poderiam nos ajudar a salvar esses nossos irmãos. Aí, senti que eu também poderia ajudar, pois sabia ler e podia dar catequese. Decidida, voltei para casa dizendo que vou ser missionária.
Meus irmãos e amigos gozavam de minha decisão... Não foi fácil, a mãe temia minha saúde frágil e alegava ser muito jovem para sair de casa. Com ajuda de um Capuchinho, Frei Líbório, conhecido da família, fui com as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora em Marau e depois em Erexim, RS. Eu buscava ser missionária como Francisco e Santa Terezinha. Passei por saudades e sacrifícios, devido as distâncias e ao apego a família. Lembrava que tudo o que pedisse a Jesus Hóstia, alcançaria. Pedia diariamente a perseverança em fazer a vontade de Deus.
“NÁO TENHAS MEDO; APENAS TENHAS FÉ”!
Desde cedo participei de experiências missionárias nas periferias de Erexim. Entrei no Noviciado aos 20 anos e aos 22 parti para as diversas fraternidades do estado de Santa Catarina. Estudando, lecionando e ajudando nos bairros pobres por onde passei. Colaborei no Governo Provincial, na formação das jovens, tendo sempre em vista a missão da Congregação e da Igreja. Sempre assumi com fé, amor e fidelidade a missão que Deus me confiou. Sonhava em ir para a África... Estive na missão do Rio Grande do Norte e Paraiba. Uma nova “Africa” se abriu para mim. Foi uma experiência inesquecível na época da seca, onde morria muita criança de fome e os Prefeitos criavam peru com a merenda das Escolas. Por vezes enterrávamos 3 crianças por dia. Mas nos envolvemos na luta social e política para ajudar estes nossos irmãos sofridos e injustiçados. Trabalho árduo, porém compensador realizou a Província Santa Clara nessa região nordestina através de nossa co-Irmã Aloizia Gueralding e outras. Éramos benquistas pelo povo e pouco desejáveis pelos fazendeiros e autoridades da época.
Voltando ao sul, fui transferida para Abelardo Luz, junto com Ir. Delminda Lara Cardoso, para trabalhar nos assentamentos dos sem-terra. Foi outra experiência que me abriu a visão para o excluído e para o domínio das terras pelos grandes fazendeiros. Moramos em barracos de lona, dormimos em tarimbas com as famílias, partilhando do pouco que tinham. Ajudamos organizar os grupos, preparar as lideranças para a saúde, catequese e escola. Sempre protegidas pela mão de Deus. Andávamos por trilhos nas matas onde ainda não tinha estrada. Passávamos o rio Chapecó em canoas improvisada para salvar gestantes e dar formação para os grupos mais distantes.
Meus irmãos e amigos gozavam de minha decisão... Não foi fácil, a mãe temia minha saúde frágil e alegava ser muito jovem para sair de casa. Com ajuda de um Capuchinho, Frei Líbório, conhecido da família, fui com as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora em Marau e depois em Erexim, RS. Eu buscava ser missionária como Francisco e Santa Terezinha. Passei por saudades e sacrifícios, devido as distâncias e ao apego a família. Lembrava que tudo o que pedisse a Jesus Hóstia, alcançaria. Pedia diariamente a perseverança em fazer a vontade de Deus.
“NÁO TENHAS MEDO; APENAS TENHAS FÉ”!
Desde cedo participei de experiências missionárias nas periferias de Erexim. Entrei no Noviciado aos 20 anos e aos 22 parti para as diversas fraternidades do estado de Santa Catarina. Estudando, lecionando e ajudando nos bairros pobres por onde passei. Colaborei no Governo Provincial, na formação das jovens, tendo sempre em vista a missão da Congregação e da Igreja. Sempre assumi com fé, amor e fidelidade a missão que Deus me confiou. Sonhava em ir para a África... Estive na missão do Rio Grande do Norte e Paraiba. Uma nova “Africa” se abriu para mim. Foi uma experiência inesquecível na época da seca, onde morria muita criança de fome e os Prefeitos criavam peru com a merenda das Escolas. Por vezes enterrávamos 3 crianças por dia. Mas nos envolvemos na luta social e política para ajudar estes nossos irmãos sofridos e injustiçados. Trabalho árduo, porém compensador realizou a Província Santa Clara nessa região nordestina através de nossa co-Irmã Aloizia Gueralding e outras. Éramos benquistas pelo povo e pouco desejáveis pelos fazendeiros e autoridades da época.
Voltando ao sul, fui transferida para Abelardo Luz, junto com Ir. Delminda Lara Cardoso, para trabalhar nos assentamentos dos sem-terra. Foi outra experiência que me abriu a visão para o excluído e para o domínio das terras pelos grandes fazendeiros. Moramos em barracos de lona, dormimos em tarimbas com as famílias, partilhando do pouco que tinham. Ajudamos organizar os grupos, preparar as lideranças para a saúde, catequese e escola. Sempre protegidas pela mão de Deus. Andávamos por trilhos nas matas onde ainda não tinha estrada. Passávamos o rio Chapecó em canoas improvisada para salvar gestantes e dar formação para os grupos mais distantes.
Acompanhou-nos para a formação Bíblica, Frei Aroldo Coller e o Pastor Luterano Lobo. Verdadeiros irmãos de caminhada e reflexão. Através deles, tive a felicidade de fazer o CEBI em Barranquilha na Colômbia.. Foi para mim, um ano de graça, a convivência com credos diferentes.
Assim mais preparada podia melhor ajudar este povo. Ir. Ângela Smaniotto foi outro pilar na luta da saúde e da mulher. Andava quilômetros à pé para levar seus conhecimentos e sua fé esperançosa em dias melhores. As mulheres aprenderam a defender-se das doenças, da fome e do frio. Junto a caresc, protegíamos as fontes, organizávamos hortas, criávamos galinhas, patos e angolistas. Fazíamos acolchoados de lã que eram sorteados entre as que trabalhavam. Eram confeccionados agasalhos para as crianças.Com ajuda da Província Santa Clara foi feito um Projeto de Costura, um moinho e um soque de erva mate. Outros pequenos projetos de apicultura, açudes de peixe e vaca leiteira foram concretizados. Foi criada uma Associação de Agricultores para conduzir os projetos na comunidade Ezequil, onde residíamos. Morramos aí, 9 anos sem energia, numa casinha de madeira feita em mutirão pelos agricultores. Foi grande o apoio do Vigário Pe. Genuíno. Aprendemos ser felizes com mínimo, banho de latão, lampião e lequinho para iluminar e preparar as reuniões e estudos. Nossa casa servia para reuniões do INCRA, dos SEM-TERRA e outras. Com o passar do tempo as muitas reivindicações foram trazendo melhoras. Até mesmo um ônibus que mais ficava na estrada do que andava. Mas era o meio de transporte do povo .
Sofremos muita perseguição dos fazendeiros que, aliados ao exército passavam revistas diárias e tiravam os ranchos e ferramentas dos agricultores. Em consequência disso tudo, tive a metralhadora no peito, fui chamada a delegacia, etc... Acusada de fazer a cabeça do povo. Dom José Gomes, bispo de Chapecó nos deu muito apoio, até mesmo com advogado da diocese. A Diretiva Provincial esteve sempre ao nosso lado. Por tudo, somos agradecidas e felizes louvamos a Deus pela defesa da defesa da Vida.
“JAVÉ SERÁ PARA MIM UMA LUZ PERMANENTE”. Is. 60,19.
Ir. Veronice Machado.
Assim mais preparada podia melhor ajudar este povo. Ir. Ângela Smaniotto foi outro pilar na luta da saúde e da mulher. Andava quilômetros à pé para levar seus conhecimentos e sua fé esperançosa em dias melhores. As mulheres aprenderam a defender-se das doenças, da fome e do frio. Junto a caresc, protegíamos as fontes, organizávamos hortas, criávamos galinhas, patos e angolistas. Fazíamos acolchoados de lã que eram sorteados entre as que trabalhavam. Eram confeccionados agasalhos para as crianças.Com ajuda da Província Santa Clara foi feito um Projeto de Costura, um moinho e um soque de erva mate. Outros pequenos projetos de apicultura, açudes de peixe e vaca leiteira foram concretizados. Foi criada uma Associação de Agricultores para conduzir os projetos na comunidade Ezequil, onde residíamos. Morramos aí, 9 anos sem energia, numa casinha de madeira feita em mutirão pelos agricultores. Foi grande o apoio do Vigário Pe. Genuíno. Aprendemos ser felizes com mínimo, banho de latão, lampião e lequinho para iluminar e preparar as reuniões e estudos. Nossa casa servia para reuniões do INCRA, dos SEM-TERRA e outras. Com o passar do tempo as muitas reivindicações foram trazendo melhoras. Até mesmo um ônibus que mais ficava na estrada do que andava. Mas era o meio de transporte do povo .
Sofremos muita perseguição dos fazendeiros que, aliados ao exército passavam revistas diárias e tiravam os ranchos e ferramentas dos agricultores. Em consequência disso tudo, tive a metralhadora no peito, fui chamada a delegacia, etc... Acusada de fazer a cabeça do povo. Dom José Gomes, bispo de Chapecó nos deu muito apoio, até mesmo com advogado da diocese. A Diretiva Provincial esteve sempre ao nosso lado. Por tudo, somos agradecidas e felizes louvamos a Deus pela defesa da defesa da Vida.
“JAVÉ SERÁ PARA MIM UMA LUZ PERMANENTE”. Is. 60,19.
Ir. Veronice Machado.
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