



Muita chuva molhando o meu sertão,
alimentando a esperança do sertanejo no campo,
levantando o lixo que obstrui os canais de esgoto
num grito de socorro à população urbana.
A miséria nas periferias são reveladas, a água das chuvas não escondem nada, elas vem para limpar a sujeira, levando tudo o que está pelo seu caminho.
A tristeza dos desabrigados revoltam os corações mais sensíveis e sedentos por justiça.
"Até quando, Senhor Deus, vai blasfemar o inimigo?" (Sl 73,10) Sofre duplamente: ferido na sua dignidade de cidadão e pela fúria da natureza.
Assim como cai a chuva sobre a terra seca, cai a ganância humana sobre o povo explorado, enganado, iludido por uma política que visa poder e lucro, cegos para o sofrimento dos irmãos, alheio a vida do planeta.
"Até quando, ó Senhor, vos irritais, apesar da oração do vosso povo?
Visitai a vossa vinha e protegei-a!" (Sl 79,5.15)
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